O sequestro de duas pessoas, que teve como vítimas um vigia e uma enfermeira, foi elucidado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Frei Paulo, coordenada pelo delegado Antônio Francisco. A operação policial resultou nas prisões de Antônio Isaac Lima dos Santos de 22 anos, João Paulo Oliveira Santos de 20 anos e João Victor Santos Oliveira de 21 anos.
De acordo com as investigações policiais, o sequestro foi planejado por João Victor, de dentro de um presídio, uma vez que ele havia sido preso acusado pelo latrocínio que vitimou a agricultora Maria de Lourdes Lima da Silva de 63 anos em 04 de março de 2020 no povoado Caraíbas, na Zona Rural do município de Itabaiana, no Agreste sergipano.
João Victor estava em liberdade, sendo monitorado com tornozeleira eletrônica, e foi preso na terça-feira (21) quando compareceu no Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe) com a finalidade de dar manutenção ao equipamento e por meio de uma consulta foi constatada a existência de um novo mandado de prisão preventiva.
Além dos três indivíduos presos pelo crime de sequestro, a polícia identificou outros dois envolvidos no delito. Eles se encontram foragidos e contra os mesmos existem mandados de prisão, expedidos pelo Poder Judiciário do Estado de Sergipe.
O sequestro
O crime ocorreu no início da noite de 27 de abril de 2021 na Avenida José da Cunha, Centro de Frei Paulo, no Agreste sergipano. Inicialmente, três elementos em um veículo Volkswagen, modelo Gol e de cor Vermelha, sequestraram a enfermeira Deborah Brandão de Melo e a colocaram no porta-malas do automóvel. A mulher foi confundida por outra profissional que trabalhava para o ex-prefeito de Frei Paulo, José Arinaldo de Oliveira.
Na sequência, os criminosos se deslocaram até a residência do ex-prefeito e renderam José Gilvan Conceição de Góis de 47 anos, que se encontrava sentado em uma cadeira em frente ao imóvel. Após o vigia ser colocado dentro do carro, os meliantes fugiram pela BR-235 no sentido à cidade de Itabaiana.
Durante a fuga, os bandidos levaram a enfermeira para uma área de matagal, na região do Povoado Tabulheiro da Telha, no município de Itabaiana, onde a agrediram para que ela passasse informações a respeito do ex-prefeito e da residência. A enfermeira foi deixada no matagal e novamente empreenderam com o vigilante.
Os criminosos ainda roubaram um veículo Volkswagen, modelo FOX, de cor Branca, e abandonaram o primeiro automóvel e ao chegar na cidade de Itabaiana, abasteceram carro em um Posto de Combustível e fugiram sem pagar, deixando um prejuízo no valor de R$ 100,00. O vigia só foi libertado no Povoado Candeias, no município de Moita Bonita (SE).
Da Redação: Gilson de Oliveira
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O mal entendido envolvendo a enfermeira Tatiana Rezende Lima e o vereador José Carlos Góis (Carlinhos da Atlética), PMDB, ocorrido no último dia 13 de agosto no Hospital Regional de Itabaiana Dr. Pedro Garcia Moreno Filho, foi resolvido com uma composição na delegacia em 24 de agosto do corrente ano, com as presenças dos envolvidos e dos seus respectivos advogados, Lucas Cardinali Pacheco e André Maciel.Na oportunidade, a enfermeira esclareceu não ter tido qualquer intensão de expor o vereador ao ocorrido, já que nunca buscou a mídia; enquanto o vereador esclareceu que respeita a enfermeira enquanto boa profissional, reconhecendo assim que ela agiu no estrito dever da função, não tendo igualmente intensão de prejudicá-la.
Leia a seguir a composição assinada pela enfermeira e pelo vereador. Clique aqui
O caso foi divulgado aqui no dia 14 de agosto:
Enfermeira registra Boletim de Ocorrência contra vereador de Itabaiana
PS.: A matéria foi alterada para acréscimo de informação, uma vez que o internauta ISRAEL não leu o caso quando divulgamos na época.
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A enfermeira Tatiana Rezende Lima registrou as 19h49 de sábado, dia 13, um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Itabaiana contra o vereador José Carlos Góis, conhecido como “Carlinhos da Atlética” (PMDB) por desacato e ameaça.De acordo com relato da enfermeira, o vereador acompanhava uma senhora para que a mesma recebesse atendimento médico no Hospital Regional Dr. Pedro Garcia Moreno Filho e por não haver ortopedista na unidade hospitalar o parlamentar ficou irritado e ao mesmo tempo exigiu que a paciente fosse atendida pela profissional.
Segundo consta na ocorrência registrada, o vereador causou constragimento a enfermeira com gritos na presença de colegas de trabalho e pacientes, chegando a apontar o dedo para o seu rosto e ainda a ameaçou dizendo: “você vai ver o que vou fazer com você”.
A enfermeira também relatou no boletim que só não foi agredida pelo vereador porque houve a intervenção do colega, de pré-nome “Alaílson”.
Logo depois do ocorrido a enfermeira, pertencente ao quadro efetivo da Secretaria de Estado da Saúde, se dirigiu ao plantão da unidade policial.
Crime de desacato
De acordo com o Código Penal Brasileiro, é um crime praticado pelo particular contra a Administração Pública. Consiste em desacatar, ou seja, faltar com o respeito para com um funcionário público no exercício da função ou em razão dela. Isto é, incorre nesse crime aquele que ofende o agente público em serviço, bem como aquele que ofende alguém em razão de função pública que este exerce. A pena prevista é de detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa, segundo o artigo 331 do Código Penal, sendo, portanto, considerado crime de menor potencial ofensivo. É vulgarmente conhecido como crime de “desacato à autoridade”, mas se deve observar que a lei não fala em autoridade, mas em funcionário público. Assim, o direito protege não somente a dignidade da função de juízes, membros do Ministério Público, delegados de polícia ou chefes dos poderes, mas de qualquer servidor de todas as esferas da administração pública.
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