NEGOCIAÇÃO: Rebelião em presído chega ao fim após 27 horas


Com informações da SSP/SE
Após intensas negociações, as equipes de gereciamento de crise da Secretariua da Segurança Pública (SSP) puseram fim à rebelião registrada desde o início da tarde deste domingo (15), no Complexo Penitenciário Advogado Antônio Jacinto Filho (Compajaf), no bairro Santa Maria, zona sul de Aracaju. No início da manhã desta segunda-feira, 16, os internos libertaram 27 familiares e mais um agente prisional. As negociações avançaram e no final da manhã os últimos 21 reféns foram soltos. Em seguida, os rebelados entregaram duas escopetas calibre 12, duas pistolas não-letais, tipo taser, 25 munições e dois carregadores.
A entrega das armas foi o passo decisivo para o final pacífico da rebelião, que contou com uma ação técnica e paciente por parte dos oficiais que gerenciaram a situação de crise. “Seguimos a determinação do nosso governador e adotamos os procedimentos técnicos para preservar vidas. Felizmente tudo acabou bem. Agora é verificar os prejuízos do ponto de vista material, mas as vidas do internos, agentes e familiares foi plenamente preservada”, explicou o secretário João Eloy, da Secretaria da Segurança Pública.
Por volta das 15h30, os policiais passaram a receber as armas de fogo que foram subtraídas do interior do presídio no momento da rebelião. “A partir daí percebemos que a resistência dos internos já havia sido superada pela ação policial. Seria uma questão de tempo até entrar no presídio e verificar toda a situação, fazendo uma vistoria final”, destacou o capitão Marcos Carvalho, da Polícia Militar, especializado em gerenciamento de crises.
Antes da vistoria, todos os familiares e os dois agentes foram liberados, um a um. Apenas o agente que foi liberado pela manhã saiu ferido, quando tentou fugir no momento da rebelião. Militares do Batalhão de Choque e Comando de Operações Especiais (COE) e demais unidades da Polícia Militar realizaram uma vistoria geral no interior do presídio com o objetivo de encontrar armas e outros objetos.
Várias armas brancas artesanais foram apreendidas na vistoria. Dois cachorros, usados pelos agentes penitenciários na vigilância da área interna foram encontrados mortos no interior em uma das alas do Compajaf – os rebelados mataram os animais no início da rebelião. Cinco internos foram transferidos para unidades penitenciárias no interior de Sergipe. A Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejuc) fará uma análise de todo o prédio a fim de saber os resultados da depredação.