Justiça determina que urubus terão que sair da Bienal de SP e voltar para Itabaiana


Com informações da Folha de São Paulo
(Foto: Reprodução)
Os pássaros da espécie urubu-de-cabeça-amarela, que fazem parte da obra “Bandeira Branca”, de Nuno Ramos, exposta na 29ª Bienal de São Paulo, terão que ser levados embora.
A Bienal havia pedido a suspensão da notificação que determinou a retirada imediata das aves que fazem parte da exposição, porém, o pedido não foi acatado pelo juiz federal substituto Eurico Zecchin Maiolino, da 13ª Vara Cível Federal.
No pedido, a Bienal alegava “o direito à livre manifestação artística, além de não existir prova de maus tratos dos animais expostos”.
Embora os animais expostos sejam provenientes do Parque dos Falcões, em Itabaiana (SE), para onde devem voltar no dia 12 de dezembro, quando acaba a Bienal, o juiz diz que há “suspeita da possibilidade de dano aos animais”.
No final do mês passado, foi instaurado um inquérito para apurar se os três urubus mantidos na instalação de Nuno Ramos exposta na Bienal estavam sofrendo maus tratos.
Embora o artista tenha autorização do Ibama para expor e manter as aves em cativeiro, a Delegacia do Meio Ambiente pediu ao Instituto de Criminalística que fizesse uma perícia dos animais e das condições do viveiro.
O Ibama, então determinou a retirada dos animais, afirmando que “as instalações eram inadequadas para a manutenção das aves”. Segundo o parecer técnico do órgão, o principal problema no viveiro montado pelo artista na Bienal é a falta de luz solar e ventilação prejudicada dentro do edifício, o que afetaria as aves.