Notícia

Chuva: condução perigosa

Com informações do Núcleo de Comunicação Social da PRF/SE

Estatística revela que entre janeiro de 2009 e junho de 2010 foram registrados 372 acidentes com o tempo chuvoso nas rodovias federais de Sergipe.

Um estudo realizado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe revela que 66% dos acidentes ocorridos na chuva aconteceram em retas, bem sinalizadas e com o asfalto em boas condições de trafegabilidade. A pesquisa analisou o número de acidentes, os tipos de acidentes registrados, causas, horários, além dos locais onde eles aconteceram.

Nos últimos 18 meses, a PRF atendeu a 1.896 acidentes nas rodovias federais sergipanas, dos quais 372 (19,62%) aconteceram no momento de chuva. Nesses acidentes, 27 pessoas morreram e outras 110 ficaram feridas. Os tipos de acidentes mais comuns foram saídas de pista (31,99%), colisões traseiras (24,46%), colisões laterais (11,02%) e capotamentos (5,91%). “A maior preocupação da PRF não é necessariamente com a chuva, mas, a maneira como muitos motoristas dirigem na chuva.
A falta de atenção, o excesso de velocidade e a falta de uma simples revisão preventiva no veículo são responsáveis por esses acidentes”, explica o chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF em Sergipe, Inspetor Flávio Vasconcelos.

Os acidentes em sua maioria foram registrados do Km 0 ao 6 da BR-235 (saída de Aracaju), trecho de pista dupla e bem sinalizado. Já na BR-101 foram registrados acidentes do km 65 ao 125, trecho que engloba os municípios de Maruim, Laranjeiras, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão e Itaporanga D’Ajuda e entre o Km 150 e o Km 195 nos municípios de Estância, Umbaúba e Cristinápolis.

Um outro dado que chama atenção é que ao contrário do que muitos pensam, dos 372 acidentes registrados com o tempo chuvoso, 247 (66%) aconteceram em retas e 121 (32,53%) em curvas. “Mais uma vez os números refletem o comportamento do condutor na rodovia. Não se pode dirigir um veículo com a pista molhada da mesma maneira que se dirige em pista seca. O comportamento do veículo é completamente diferente e atrelado ao excesso de velocidade e em muitos casos, pneus bastante desgastados, ocorre o fenômeno conhecido como aquaplanagem”, ressalta o Inspetor Vasconcelos.

O fenômeno citado pelo Inspetor refere-se ao momento em que ao passar por uma poça d’água os pneus do veículo perdem contato com o asfalto e aí é impossível controlar a direção. “É preciso ter muita calma, tirar o pé do acelerador e retomar a direção sem nenhum tipo de manobra brusca. Pisar no freio nesse momento é suicídio”, alerta Vasconcelos.

Principais causas e horários

Complementando os números, as principais causas dos acidentes ocorridos com o tempo chuvoso foram a falta de atenção (26,34%), velocidade incompatível com a pista molhada (15,05%), não guardar distância de segurança (5,38%) e ingestão de álcool (4,30%). Já 55,65% dos acidentes aconteceram em plena luz do dia, contra 32,26% à noite, 6,18% ao anoitecer e 5,91% ao amanhecer.

Recomendações

A orientação da Polícia Rodoviária Federal é que os condutores antes de pegar a estrada façam uma revisão preventiva no veículo. Os pneus devem ser novos ou em bom estado de conservação, bem calibrados e balanceados.
Deve-se verificar o alinhamento da direção, o estado de conservação das palhetas dos limpadores de para-brisa e o sistema elétrico.
Os faróis devem estar sempre acesos para um duplo objetivo: ver e ser visto. Já na estrada, o motorista deve obedecer aos limites de velocidade, a sinalização e no caso de chuva muito forte, deve procurar um ponto de apoio como um posto de combustíveis, por exemplo. Jamais parar no acostamento. “O condutor que revisa o seu veículo e obedece as leis de trânsito, não só evita cometer infrações como também ajuda a PRF a reduzir os números de acidentes, feridos e mortes nas rodovias federais de todo o país”, complementou Vasconcelos.