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Adolescente mata o pai a facadas

O adolescente B.S.S., 15 anos, matou o pai, Ginaldo Alves de Souza, 35, na madrugada desta segunda-feira, com dois golpes de faca, um no pescoço e outro na cabeça. O crime ocorreu no Bairro Lamarão, periferia de Aracaju (SE).
O jovem teria cometido o crime após ver o pai espancar a sua mãe, Ana Licia Vital, 28.
Segundo relatos do adolescente, ele, seu pai, sua mãe e sua tia estavam numa festa no Centro Comercial da capital sergipana, quando por volta da 1h30 desta segunda, Ginaldo se envolveu em uma briga e decidiu voltar para casa, enquanto os outros decidiram permanecer no local, o que segundo o jovem teria provocado o descontentamento de seu pai.
Por volta das 3h30 o adolescente, a mãe e a tia retornaram da festa, mas não conseguiram entrar em casa: Ginaldo teria trancado o portão a chave. Pouco tempo depois, o jovem conseguiu entrar na casa. “Eu consegui entrar por um espaço e quando ia abrir a porta para elas entrarem, ele apareceu, começou a me xingar e me deu dois socos. Eu caí. Ele disse que se quisesse me matava”, contou.
O menor disse que quando sua mãe entrou em casa, o seu pai começou a agredi-la e xingá-la por ter continuado na festa. “Ele jogou ela no chão pelos cabelos e começou a dar murros com força”, relatou dizendo ainda que Ginaldo também usou uma bota para agredir sua mãe. “Eu não agüentei ver minha mãe apanhando daquele jeito, peguei a peixeira e fui pra cima dele”, descreveu o menor.
Questionado dos motivos de não ter acionado a polícia, B.S.S argumentou que o pai trancou todos os portões, o que o impediu de chamar a polícia e que depois, no momento da briga, pensou apenas em defender a mãe das agressões.
De acordo com a tia do menor, que o acompanhou na Delegacia Plantonista em Aracaju, a vítima tinha retrospecto de agressor e sua esposa já registrara boletim de ocorrência na polícia anteriormente.
Ginaldo ainda foi encaminhado com vida ao Hospital de Urgência de Sergipe, mas não resistiu aos ferimentos. B.S.S. será encaminhado ao Centro de Atendimento ao Menor (Cenam).

Por Paulo Rolemberg
Fonte: Uol